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Igualdade de gênero

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Sobre o ODS
Igualdade de gênero

Este ODS está relacionado a esforços e iniciativas que visam alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.

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Nosso blog com artigos, reportagens e conteúdos exclusivos sobre o tema, produzidos por quem entende do assunto.

Diversidade e Inclusão Social

Dia da Consciência Negra: Iniciativas que focam na representatividade no serviço público

Este texto apresenta e discute diversas iniciativas que visam aumentar a representatividade de negros no serviço público brasileiro, em especial no contexto do Dia da Consciência Negra. São abordadas questões como a importância da diversidade, os desafios enfrentados e as soluções propostas para promover a igualdade racial nos cargos públicos.
19.11.24 Redação
Combate à pobreza

Justiça social: Ideias inspiradoras em 2023

A busca por justiça social está no horizonte de todos aqueles que trabalham influenciando, desenvolvendo ou aplicando políticas públicas que estão presentes no dia a dia da população. Sociedades que se apoiam em valores como...
26.12.23 Redação
Modernização da Administração

O papel da resiliência no desenvolvimento de lideranças femininas saudáveis

A reflexão sobre o feminino na sociedade tem promovido questionamentos e percepções de que existem muitas ações baseadas em papéis, identidades, crenças e estereótipos e, ainda, sobre a interação de comportamentos de mulheres e homens em ambientes comuns tornam transparentes desigualdades de direitos básicos.
18.08.23 Rafaela Bastos
Segurança Pública

Políticas de Incentivo à Intervenção do Cidadão em Situações de Assédio

Políticas de Incentivo à Intervenção do Cidadão em Situações de Assédio Em mais uma exposição da utilização das ciências comportamentais, viemos apresentar essa boa prática na Austrália - que aproveitou essa sabedoria para implementar programas...
08.03.23 Redação
Modernização da Administração

Em tempos de maus-lençóis, nós mulheres fazemos a diferença

A pandemia colocou à prova a competência de chefes de governo ao redor do mundo. Nessas horas, a liderança de mulheres fez a diferença
18.07.22 Regina Esteves
Comunicação e Engajamento Cívico, Diversidade e Inclusão Social

Avanços e medidas tomadas pela esfera pública para pessoas LGBTQIA+

No dia 28 de junho é comemorado o dia internacional do Orgulho LGBTQIA+. Uma vez que os direitos dessa população vêm sendo conquistados há pouquíssimo tempo, ainda existe muito a ser feito pela esfera pública para que os direitos LGBTQIA+ sejam devidamente assegurados. O seguinte material foi produzido com o objetivo de incentivar e orientar a administração pública brasileira para possíveis medidas e políticas sociais com foco na diversidade e inclusão, complementando o que foi disponibilizado no ano de 2021.
28.06.22 Redação
Segurança Pública

Como políticas públicas vem garantindo os direitos e a segurança da comunidade LGBTQIA+ ao redor do mundo e no Brasil

Em 2019 o Supremo Tribunal Federal equiparou a Homofobia e Transfobia aos dispositivos da lei 7.716 (preconceito de raça ou de cor), buscando considerar os atos como discriminação e preconceito. Pensando nisso, esse material tem como objetivo incentivar e orientar a administração pública brasileira, sobre possíveis medidas e políticas sociais com foco na diversidade e inclusão dentro da gestão pública.
15.06.22 Redação
Emprego e renda, Planejamento Urbano

Cidade Para Mulheres

“Você vai voltar sozinha para casa? Pede para o fulano te acompanhar”. “Me avise quando você chegar em casa.” “Ignorar comentários, fingir que não ouviu ou sorrir gentilmente e abaixar os olhos.” “Não, é sua imaginação, ele só está tão grudado em você porque o metrô está cheio.” “Não, é sua imaginação, eles não estão te seguindo, mas por via das dúvidas, aperte o passo.” “Se eu sair dessa reunião pontualmente, consigo passar na creche pegar as crianças, passar no supermercado, cozinhar, dar banho e talvez ainda sobre um tempinho para mim.”
31.03.22 Redação
Combate à pobreza, Emprego e renda

Empoderamento econômico para mulheres

Um tema de grande relevância para mulheres do século XXI é o empoderamento econômico. De acordo com o relatório de desigualdade de gênero global de 2021 do World Economic Forum, serão necessários 267 anos e 6 meses para as mulheres alcançarem a paridade de gênero no quesito de participação e oportunidade econômica.
30.03.22 Redação
Segurança Pública

Segurança pública para mulheres

De acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID, 2021)¹: “No Brasil, a cada 7.2 segundos, uma mulher é vítima de violência física, a cada 1.4 segundo uma mulher é vítima de assédio, a cada 1.5 segundo uma mulher é vítima de assédio na rua e a cada 6.9 segundos uma mulher é vítima de perseguição. Insultos, flerte, violência, assédio insistente… em muitos casos, as mulheres experimentam o espaço público através desse prisma pouco agradável.”
24.03.22 Redação
Planejamento Urbano

Planejamento urbano para mulheres

É através da ótica da diversidade e inclusão social, que o urbanismo adota uma perspectiva inovadora e coloca em evidência as necessidades da sociedade como um todo. Assim sendo, algumas cidades buscaram maneiras de transformar o espaço urbano existente em lugares mais adequados e condizentes com as demandas das mulheres do século XXI e buscando mais equidade.
18.03.22 Redação

ODS 5
Igualdade
de gênero

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As mulheres conseguem se inserir nos mesmos espaços da mesma forma que os homens? De acordo com pesquisas, a resposta para essa pergunta ainda é não. Em diversos eixos as mulheres acabam perdendo posições em comparação aos homens, não apenas em cargos de alto nível e dentro da política, mas também em oportunidades de autonomia e independência.

O ODS 5 vem para combater todas as desigualdades existentes entre homens e mulheres em diversos níveis. O objetivo de buscar a igualdade de gênero é transversal pois afeta diversos setores de atenção ao setor público, como saúde, segurança, educação e até mobilidade.

Segundo a ONU (2022), se continuarmos no mesmo ritmo, é calculado que, à nível global, precisaríamos de 300 anos para acabar com o casamento infantil, 286 anos  para preencher os vazios na proteção jurídica e eliminar as leis discriminatórias, 140 anos para as mulheres estarem representadas de maneira igualitária em cargos de poder e liderança, e 47 anos para atingir igualdade de representação em cadeiras de parlamentos.

Através da divisão sexual do trabalho, que destina aos homens, prioritariamente, funções de forte valor social agregado, sugerindo que, ao longo da história, o trabalho masculino pudesse ter mais valor do que o exercido por mulheres. A diferença salarial no Brasil evidencia este fato, o rendimento das mulheres representa, em média, 21% a menos do que os homens (R$ 2.305 para elas e R$ 2.909 para eles), conforme o levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) de 2022.

Outra disparidade é revelada no número de famílias monoparentais com filhos em relação às chefias, as famílias com chefia feminina, representaram cerca de 14,7% dos arranjos – muito mais comuns do que aquelas com chefia masculina, que representavam 2,3% em 2022.

Em termos de renda média do trabalho da família, na média, os domicílios de casais com e sem filhos receberam os maiores valores (R$ 4.987 e R$ 4.898, respectivamente), no 3º trimestre de 2022. Os menores valores foram registrados entre os domicílios monoparentais com chefia feminina (R$ 2.833) e unipessoais femininos (R$2.913). Quando se olha para a cor, a renda das famílias negras foi sempre menor que a das não negras, independentemente do arranjo familiar. No caso das famílias chefiadas por mulheres negras com filhos, a renda média foi de R$ 2.362,00.

Um dos eixos mais discutidos atualmente, é a proporção de mulheres inseridas na política, seja como candidatas ou como eleitoras. Em 1º de janeiro de 2023, a proporção mundial de mulheres nas câmaras de parlamentos nacionais alcançou 26,5%, um aumento de 4,2% em relação a 2015. A níveis locais, a taxa também cresceu, foi de 33,9% (2020) para 35,5% (2023). Por mais que ambas tenham crescido, é fundamental olhar a disparidade existente em comparação a participação política do gênero masculino.

No Brasil, podemos observar estes dados estatísticos através do TSE Mulheres. A página criada em 2019 e mantida pela Comissão Gestora de Política de Gênero do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reúne uma visão geral sobre a atuação das mulheres na política e nas eleições ao longo da história do Brasil.

Por meio dela, é possível saber, que, em 2022, o Brasil teve 53% do eleitorado constituído por mulheres, 34% de candidaturas femininas, 18% eleitas e 14% reeleitas. Além disso, é possível ver dados de eleições municipais, percentual de candidatas por UF e por cargo, além do perfil geral das candidatas.

O cenário brasileiro reflete o internacional, por mais que haja um aumento na participação feminina em posições de decisão, o caminho a ser percorrido ainda é longo.

Outro tópico que deve ser levado em conta nesta discussão é a saúde sexual feminina. Segundo um levantamento de dados de 68 países entre 2007 e 2022 feito pela ONU, apenas 56% das mulheres, entre 15 e 49 anos, que estão casadas ou em um relacionamento, estão em condições de tomar decisões sobre a sua saúde, seus direitos sexuais e reprodutivos.

A dificuldade de acesso à informação e educação sobre saúde sexual e reprodutiva ainda existe devido a falta de leis, que abordem a obrigatoriedade do ensino da educação sexual em escolas, e políticas mais inclusivas e eficazes, principalmente em relação ao aborto e a vacinação contra o Vírus do Papiloma Humano (VPH), além de outras doenças sexualmente transmissíveis.

Além do que já foi abordado, há uma crescente sensibilização mundial em relação a estratégias de redução a violência dirigida especificamente contra as mulheres e meninas. Como um maior número de secretarias e delegacias que servem como centros de apoio e atenção às mulheres.

Entretanto, mesmo com estes esforços, as violência dirigidas às mulheres ainda estão presentes em nossa sociedade. Em 2018, 31% das mulheres do mundo todo já foram vítimas de violência física ou sexual do seu companheiro atual ou do anterior, em algum momento ao longo de suas vidas. Estudos demonstraram que a violência do tipo matrimonial ficou ainda maior durante a pandemia.

Você sabia que uma em cada cinco mulheres jovens em todo o mundo (19%) se casou na infância em 2022?  

Felizmente, no Brasil, existem exemplos importantes de produção legislativa que atuam no combate a violência contra a mulher e as desigualdades existentes, tais como a Lei Maria da Penha (Lei 11. 340/2006), a Lei Carolina Dieckmann (Lei Nº 12.737/2012) e a Lei do Minuto Seguinte (Lei Nº 12.845/2013).

Ainda assim, é necessário um investimento e atenção dedicados à ampliação de programas de prevenção, proporcionar melhores serviços de apoio contra a violência e implementar políticas públicas eficazes de forma transversal que proporcionem a aplicação do direito das mulheres. Para então alcançarmos o ODS número 5, alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.

Conheça as metas do ODS 5 abaixo!

Metas

O ODS 5 tem como primeira meta, acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas em toda parte (5.1). A segunda meta é eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas, incluindo o tráfico e exploração sexual e de outros tipos (5.2).

Já a terceira, é eliminar todas as práticas nocivas, como os casamentos prematuros, forçados e de crianças e mutilações genitais femininas (5.3). A quarta meta é reconhecer e valorizar o trabalho de assistência e doméstico não remunerado, por meio da disponibilização de serviços públicos, infraestrutura e políticas de proteção social, bem como a promoção da responsabilidade compartilhada dentro do lar e da família, conforme os contextos nacionais (5.4).

A seguinte meta, foca em garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública (5.5).

A última meta é assegurar o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e os direitos reprodutivos, como acordado em conformidade com o Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento e com a Plataforma de Ação de Pequim e os documentos resultantes de suas conferências de revisão (5.6).

O ODS 5 assim como alguns outros, conta com três submetas, as quais buscam:

Realizar reformas para dar às mulheres direitos iguais aos recursos econômicos, bem como o acesso à propriedade e controle sobre a terra e outras formas de propriedade, serviços financeiros, herança e os recursos naturais, de acordo com as leis nacionais (5.a).

Aumentar o uso de tecnologias de base, em particular as tecnologias de informação e comunicação, para promover o empoderamento das mulheres (5.b).

Adotar e fortalecer políticas sólidas e legislação aplicável para a promoção da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas em todos os níveis (5.c).

Boas práticas

Programa Cidades Seguras: Violência contra as Mulheres e Políticas Públicas – Rosário, Argentina

A cidade de Rosário, na Argentina, está sendo reconhecida internacionalmente por seus esforços de introduzir o enfoque de gênero nas políticas locais, e isto porque?

Partindo do diagnóstico de que o sentimento de insegurança, muitas vezes, limita a mobilidade e autonomia da mulher, impedindo-a de transitar livremente e exercer seu direito a à cidade. A prefeitura de Rosário, em 1986,  criou a Casa da Mulher de Rosário. Espaço de acolhimento e encaminhamento de mulheres vítimas de violência ao suporte adequado.

Em 2006, houve a implementação do Programa Cidades Seguras: Violência contra as Mulheres e Políticas Públicas. Por meio de uma parceria entre o governo municipal, a Organização das Nações Unidas e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional, diversas ações foram colocadas em prática, envolvendo toda a comunidade.

Entre as ações realizadas desde o início do programa, destacam-se:

  • a formação de grupos de mulheres para a proposição de políticas públicas inclusivas;
  • a ocupação de locais públicos considerados perigosos; caminhadas exploratórias nos distritos com slogans inclusivos e contra a violência;
  • instalação de cartazes por toda a cidade e nos veículos de transporte público;
  • organização de seminários e conferência de políticas públicas com temáticas de equidade de gênero no meio urbano;
    elaboração do Plano Municipal para a Igualdade de Oportunidades e de Tratamento entre Homens e Mulheres;
  • criação de Redes de Mulheres em cada distrito da cidade para que as mesmas se reúnam para pensar e trabalhar por uma sociedade sem violência e mais equitativa.

Com todas as atividades propostas, o tema violência de gênero foi incluído na agenda pública, nas políticas de segurança local, além da inclusão do tema no Orçamento Participativo da Cidade e implementação de leis de proteção integral às mulheres.

Projeto Abrigo Amigo – São Paulo (SP)

Embora as mulheres sejam as pessoas que mais caminham e mais utilizam o transporte público, o estudo Meu PONTO Seguro apontou que 77,8% delas se sentem inseguras nos pontos de ônibus, o que mostra como esse espaço, a rua, é um lugar de muita vulnerabilidade e insegurança. O estudo foi realizado pela ASK-AR (consultoria em análise de dados) e a Think Olga, com apoio das organizações Cidade Ativa, SampaPé! e Formiga-me.

Confira também o nosso texto Cidade para mulheres!

A partir deste estudo, o Governo do Estado de São Paulo lançou em agosto de 2023, um projeto inovador chamado Abrigo Amigo. A iniciativa oferece companhia e atendimento remoto a mulheres que estão sozinhas à espera do transporte público. Os pontos de ônibus transformados em Abrigo Amigo, se concentram nas regiões mapeadas como as mais sensíveis para mulheres, como no centro da capital.

A companhia é feita através de um painel digital que oferece uma videochamada com uma atendente do programa. A mídia interativa é conectada a internet e equipada com câmera noturna, microfone, sensor de presença e botão virtual.

A passageira e a atendente conseguem conversar olhando uma para outra, e em situações de emergência, a atendente poderá acionar a polícia ou socorro médico. O equipamento tem conexão direta com uma central de atendimento, com funcionamento das 20h às 5h.

A iniciativa reforça outras estratégias do Governo do Estado que dão atenção à segurança de mulheres em todos os ambientes na cidade, como o protocolo “Não se Cale” e a campanha “São Paulo por Todas”.

Fontes: IPEA – ODS 5 Politize – Violência de Gênero |  Global Gender Gap Report | Instituto Maria da Penha | Politize – Equidade