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Sobre o ODS
Vida terrestre
Este ODS está relacionado a esforços e iniciativas que visam proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da Terra e deter a perda da biodiversidade.
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No nono artigo produzido para a série da Rede Juntos sobre os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), a intenção é promover um debate acerca da proteção, restauração e uso sustentável dos ecossistemas terrestres.
A vida terrestre aborda, especificamente, a flora e a fauna e os desafios que a humanidade tem enfrentado com relação à proteção do meio ambiente, bem como o uso sustentável dos ecossistemas terrestres. É necessário aprender como gerir as florestas e combater as consequências que surgem em decorrência do desmatamento, como a desertificação, degradação dos solos e perda da biodiversidade.
A ação do homem, que influencia na elevação da temperatura da Terra, tem acelerado o processo de desertificação do planeta e impactado diretamente na perda da biodiversidade. Dentre os biomas mais ameaçados do mundo, estão a Mata Atlântica (que já perdeu 90% de sua extensão original), bem como a Caatinga e a Amazônia, que foram indicadas como os ecossistemas mais vulneráveis às variações climáticas, de acordo com um estudo publicado na revista Nature em 2016. Ainda de acordo com o mesmo material, a tundra, a floresta boreal, outras florestas tropicais e os campos temperados também estão em risco.
A degradação de biomas como os citados têm impacto direto no ciclo hídrico do planeta, o que pode levar a secas e ao aumento da insegurança alimentar porque áreas, antes cultiváveis, perderão a capacidade de plantio. A Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que, todos os anos, o mundo perde mais de 24 bilhões de toneladas de solo fértil, o que indica o avanço da desertificação do planeta. E se nada for feito para conter esse processo, a tendência é que a humanidade perca 1,5 milhão de km² de terras agrícolas, uma extensão equivalente a toda a área cultivável da Índia.
Ainda segundo a ONU, a degradação de ecossistemas também traz riscos para a qualidade de vida das pessoas, pois aumenta o risco do surgimento de doenças zoonóticas, como a COVID-19, e já impacta a vida de mais de 250 milhões de pessoas ao redor do planeta. Dentre esses, 135 milhões podem se sentir compelidos a passar por processos migratórios por questões climáticas, com potencial de se tornar um grande conflito diplomático até 2045 – afinal, essas pessoas precisam ir para algum lugar.
Dentre as metas estabelecidas pela ONU para o cumprimento do objetivo, estão previstas ações como:
- Até 2020, integrar os valores dos ecossistemas e da biodiversidade ao planejamento nacional e local, nos processos de desenvolvimento, nas estratégias de redução da pobreza e nos sistemas de contas;
- Mobilizar e aumentar significativamente, a partir de todas as fontes, os recursos financeiros para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e dos ecossistemas;
- Mobilizar recursos significativos de todas as fontes e em todos os níveis para financiar o manejo florestal sustentável e proporcionar incentivos adequados aos países em desenvolvimento para promover o manejo florestal sustentável, inclusive para a conservação e o reflorestamento;
- Reforçar o apoio global para os esforços de combate à caça ilegal e ao tráfico de espécies protegidas, inclusive por meio do aumento da capacidade das comunidades locais para buscar oportunidades de subsistência sustentável.
Esses são apenas alguns exemplos, mas existem muitas outras iniciativas. E você pode aprender mais sobre elas no próprio site da ONU.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Brasil detém a maior biodiversidade do mundo, com mais de 116.000 espécies animais e mais de 46.000 espécies vegetais – isso apenas as conhecidas, que espalham-se em seis biomas terrestres e três grandes ecossistemas marinhos.
As diferentes zonas climáticas do Brasil favorecem a formação de biomas (zonas biogeográficas), a exemplo da Floresta Amazônica, maior floresta tropical úmida do mundo; o Pantanal, maior planície inundável; o Cerrado, com suas savanas e bosques; a Caatinga, composta por florestas semiáridas; os campos dos Pampas; e a floresta tropical pluvial da Mata Atlântica. Além disso, o Brasil possui uma costa marinha de 3,5 milhões km², que inclui ecossistemas como dunas, manguezais, lagoas, estuários e pântanos. Tudo isso abriga cerca de 20% da biodiversidade do mundo.
Não à toa, o Brasil possui uma grande responsabilidade no que se refere ao ODS 15, até mesmo para a continuidade da vida como a conhecemos. Entretanto, o desmatamento da Amazônia sofreu um aumento preocupante ao longo dos últimos quatro anos. No final do ano passado, por exemplo, dados divulgados pelo Observatório do Clima dão conta de que houve uma aceleração de quase 60% na derrubada da floresta tropical.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 80% da perda de florestas no Brasil está relacionada direta ou indiretamente com a pecuária. Ainda, de acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), o desmatamento é maior, seja por derrubada de árvores ou focos de incêndio, em territórios com maior concentração de cabeças de gado.
A Amazônia é, também, uma grande oportunidade de desenvolvimento econômico para o Brasil. Pesquisas têm mostrado que o uso da biodiversidade da floresta é muito mais lucrativo do que a criação de pasto, mesmo que gere um pouco de emissão de gases do efeito estufa.
Outra causa importante que leva ao desmatamento da Amazônia relaciona-se com a exploração ilegal da madeira, que movimenta cerca de US$ 152 bilhões por ano, de acordo com a Interpol. E os maiores mercados consumidores de madeira tropical (em especial, o Ipê, que está em risco de extinção) são os Estados Unidos, a França, Portugal, Bélgica e Países Baixos.
Algumas ações podem ser tomadas por parte de todos os atores da sociedade na luta pela preservação da natureza, como por exemplo:
- Governo – Adoção de uma política de tolerância zero contra o desmatamento, para que seja possível reverter a situação.
- Empresas – Adoção da Agenda ESG no setor corporativo, optando por iniciativas que causem o mínimo de impacto no meio ambiente.
- Organismos supranacionais – Espera-se que outros países, ou blocos econômicos (como a União Européia, por exemplo), aprovem medidas para impedir o comércio ilegal de produtos provenientes da destruição da floresta.
- Sociedade civil – A população também pode contribuir com a redução do desmatamento da Amazônia ao adotar um estilo de vida mais sustentável, incluindo, mas não apenas, um menor consumo de carne.
Boas Práticas
Bolsa Floresta – Manaus/AM
Com o objetivo de demonstrar que a floresta tem mais valor em pé, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) apoiou na implementação do programa Bolsa Floresta, em 2008, para promover ações para estimular o desenvolvimento sustentável, o compromisso de não-desmatamento de florestas primárias e a conservação ambiental. Além disso, a iniciativa focou em promover a melhoria da qualidade de vida das comunidades, com a participação em oficinas de capacitação e garantia da frequência escolar das crianças.
Dentre os resultados atingidos pelo Bolsa Floresta, podem-se citar a contribuição para a proteção de 10,9 milhões de hectares de matas, o que representou uma queda de 43% na taxa de desmatamento nas áreas beneficiadas (2008-2020), de acordo com dados oficiais do Governo Brasileiro (INPE/PRODES).
Além disso, houve um aumento de 202% na renda média das famílias (2009-2019) — comprovando a possibilidade da conservação da floresta e geração de renda em comunidades ribeirinhas.
The Great Green Wall (O Grande Muro Verde) – África
O Sahel é uma das regiões mais pobres do mundo. Localizado com muita proximidade ao Deserto do Sahara, a população local já sofre com os efeitos da mudança climática. Mais de 100 milhões de pessoas enfrentam a seca, a falta de alimentos e as consequências de conflitos gerados pela escassez de recursos naturais. Por essa razão, a estimativa é que cerca de 60 milhões de indivíduos da região possam migrar de áreas degradadas da África para a Europa.
Para reverter esse quadro, em 2007 surgiu a iniciativa The Great Green Wall. A ação reuniu 20 países parceiros em torno de uma missão: plantar uma barreira gigante de árvores para conter a expansão do Deserto do Sahara. A ideia é que essa barreira cruze todo o continente, do Senegal ao Djibouti, atingindo 8.000 km de comprimento e 15 km de largura.
Para isso, os países envolvidos pretendem contar com o apoio da comunidade internacional para restaurar 500 mil quilômetros de terra e criar 350 mil empregos. Entretanto, apesar dos avanços realizados por países como o Senegal, que já plantou aproximadamente 11 milhões de árvores, serão necessários esforços para financiar todo o projeto, cujo custo estimado é de US$ 8 bilhões.
Referências Bibliográficas:
Organização das Nações Unidas | Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima | Observatório do Clima | BBC| Companhia Energética Iberdrola| Fundação Amazônia Sustentável | Projetos ambientais