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O papel da resiliência no desenvolvimento de lideranças femininas saudáveis
Agosto, 2023
Por Rafaela Bastos | Presidente do Instituto Fundação João Goulart Prefeitura do Rio, gestora pública, geógrafa especialista em gerenciamento de projetos, economia comportamental e branding, e colaboradora da plataforma Rede Juntos.
A reflexão sobre o feminino na sociedade tem promovido questionamentos e percepções de que existem muitas ações baseadas em papéis, identidades, crenças e estereótipos e, ainda, sobre a interação de comportamentos de mulheres e homens em ambientes comuns tornam transparentes desigualdades de direitos básicos.
Resiliência é uma palavra que escutamos muitas vezes como uma espécie de força capaz de nos levantar diante de nossos desafios. Ser resiliente envolve, antes de mais nada, o autoconhecimento. Um “quê” de autodidatismo, de tato, de empatia. Mas com nós mesmos. Essa é a chave. Precisamos tatear a nossa jornada de frustrações, acasos, desmotivações, “nãos” e incompreensões.
Por que autoconhecimento é crucial para o comportamento resiliente ter papel fundamental em nossa mentalidade de crescimento? Porque parte de muito do que acessamos ao sermos resilientes é fruto do que compreendemos sobre as nossas dores, erros e dúvidas. É parte de como lidamos com as questões que se apresentam e os acontecimentos que se desdobram. Muitos estudiosos têm afirmado que a relação do autoconhecimento com a liderança é a chave para sermos líderes autênticos. A dica é: aprendermos com as nossas histórias de vida.
É fundamental que deixemos de ser observadores dos fatos sobre nós e passemos a refletir com criticidade sobre e construir as narrativas dos fatos que nos acontecem e alinhado à nossa personalidade profissional e/ou, como muitos falam atualmente, à nossa marca pessoal. Este processo colabora para que sejamos resilientes às incertezas e acessemos o que há em nós para lidarmos com os revezes.
A resiliência requer autoconhecimento. A liderança requer resiliência. O autoconhecimento requer conexão. É preciso que sejamos conectivos. Precisamos nos conectar aos nossos processos de autoconhecimento e ao resultado dessas experiências. Quando nos conectamos ao nosso autoconhecimento, tendemos a liderar de maneira saudável e autêntica. É a força do feminino.
Resiliência, feminino e liderança é uma tríade que deve ser a base para os próximos tempos para promovermos grandes mudanças. Com autoconhecimento é possível o discernimento de que os fatos que nos cercam, mesmo cargos, podem não ser sobre nós, que pode ter a ver com o tempo das coisas, o contexto, ou seja, sobre em como nos inserimos e deixamos nos afetar pelos acontecimentos. É sobre um movimento e momento que nos oportuniza decidir e fazer escolhas de gestão. E esse processo é um ciclo contínuo enquanto ocuparmos cargos de liderança.
Não pensar que é exclusivamente sobre nós, enquanto indivíduo, não destitui o lugar de autoridade e tampouco de reconhecimento sobre as realizações no período da gestão em que liderarmos, mas sim tornar as nossas decisões específicas, saudáveis de forma a contribuir para uma cultura organizacional pautada na potência das pessoas que são a sua base, porque nos colocamos com saúde e autenticidade.
Vamos promover mais ações baseadas em cada uma de nós, no nosso autoconhecimento, conectadas. Uma puxando a outra. Uma abrindo caminho para a outra. Uma apoiando a outra. Todas líderes de si mesmas. Sejamos saudáveis. É o segredo para sermos lideranças autênticas.
*O presente artigo reflete as opiniões pessoais do colaborador.
*Esse conteúdo pode não refletir a opinião da Comunitas e foi produzido exclusivamente pelo especialista da Nossa Rede Juntos.
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