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Mirele Cruz aborda o sucesso da Escola de Comer de Paraty
Em parceria com a Comunitas e a prefeitura, o Polo Gastronômico de Paraty (RJ) criou, em 2014, a Escola de Comer, com objetivo de melhorar a qualidade da merenda escolar servida nas escolas da rede municipal e fomentar a produção local de alimentos. De lá para cá, o salto de qualidade na merenda da rede municipal, com alimentação balanceada e a incorporação de alimentos orgânicos da agricultura familiar e pescados, anda interferindo positivamente no aprendizado dos alunos gerando um impacto pedagógico positivo, com merendeiras, professores e alunos que se engajaram à causa da alimentação saudável – tanto que o virou cartilha. Agora, conheça Mirele Cruz, uma das merendeiras das escolas públicas de Paraty. No entrevista abaixo, ela nos conta um pouco sobre a satisfação de trabalhar no projeto Escola de Comer. Confira:
#1 Para você, uma alimentação saudável contribui no processo de aprendizagem?
Eu tenho toda a certeza que uma alimentação balanceada, regrada e saudável vai contribuir para o processo de aprendizagem de cada indivíduo. Acredito que uma disciplina alimentar também faz parte da educação de cada criança, pois ali estarão aprendendo como comer frutas, legumes e verduras. Assim uma boa alimentação contribuirá para um bom desenvolvimento físico e mental.
#2 Como foi a reação das crianças com a mudança na merenda?
Atualmente, elas se preocupam com o que vão comer? A reação das crianças foi incrível. Imagine você ver o seu filho, saber que em sua escola vai poder tomar um suco de açaí, iogurte, queijo branco, frutas e muitos outros alimentos. Aí tem aqueles que ainda não gostam de comer algumas coisas como beterraba e cenoura. Mas isso é um processo lento onde essa criança muitas das vezes não come ou nunca comeu certo tipo de alimento e acredito que tem um tempo para a adaptação.
#3 E os pais? Como é a participação e reconhecimento diante da Escola de Comer, visto que a alimentação dos filhos é uma de suas grandes preocupações?
A relação com os pais na nossa escola é a melhor possível, e já tiveram pais que experimentaram a nossa comida, pois temos o dia da família na escola e a reação deles é sempre superpositiva. Eu sou uma merendeira que procuro não só alimentar bem as nossas crianças, mas o tratamento e o carinho que recebo delas devolvo em dobro, e muitas das vezes os próprios pais vem agradecer porque isso reflete na criança em casa. Os pais realmente estão felizes porque sabem que a Escola de Comer veio para somar e mudar completamente a alimentação escolar para melhor.
#4 Como foi o processo de mobilização, qualificação e orientação das merendeiras, para um melhor preparo dos alimentos?
Bom, no ano passado nós tivemos umas oficinas de culinária com a Ana Bueno. E estamos bem preparadas para um melhor preparo dos alimentos, mas não poderia deixar de dizer aqui que a Escola de Comer aumentou significativamente o nosso trabalho, pois é realmente um trabalho árduo.
#5 Como é a participação dos chefs de cozinha padrinhos?
A madrinha da escola vai lá na escola e pergunta o que estamos precisando, para que ela nos ajude com a experiência que tem com a vida de cozinha dela. Acho que também veio para somar.
#6 Como você se sente sabendo que os ingredientes usados na sua receita vieram da própria região?
Para mim é um grande prazer saber que os nossos produtos estão sendo usados na alimentação da escola, assim o agricultor familiar além de garantir o sustento da sua família e tendo seu produto valorizado, está ajudando também no processo educativo das nossas crianças.
#7 Como é ser uma merendeira valorizada por promover uma alimentação mais saudável para as crianças?
Eu sou feliz quando vejo o rostinho de cada criança, quando eles chegam para merenda e falam “nossa, tia, sua comida estava uma delícia” ou então “tia, eu amo comer tudo que você faz”.
Entenda como Paraty tornou a merenda escolar um padrão de qualidade:
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Lideranças com espírito público
Somos servidores, prefeitos, especialistas, acadêmicos. Somos pessoas comprometidas com o desenvolvimento dos governos brasileiros, dispostas a compartilhar conhecimento com alto potencial de transformação.
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