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Especialista Marizaura Camões compartilha conhecimento sobre Engajamento de Equipe e Retenção de Talentos

Publicado em: 14.03.23 Escrito por: Redação Tempo de leitura: 4 min Temas: Modernização da Administração
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Especialista Marizaura Camões compartilha conhecimento sobre Engajamento de Equipe e Retenção de Talentos

No último encontro da Jornada Líderes da Saúde, contamos com a participação de Marizaura Camões – Coordenadora-Geral de Inovação na Escola Nacional de Administração Pública ENAP, especialista e mestre em gestão de pessoas e organizações, além de ser doutora em administração pública.

Coletamos alguns ensinamentos importantes sobre os fatores que contribuem para o engajamento dos profissionais na área da saúde e como isso influencia na execução de um bom trabalho em equipe.

Como avaliar o desempenho de um profissional?

A especialista discorreu sobre os desafios percorridos ao longo de sua carreira a fim de avaliar o desempenho de um funcionário. Ela buscava encontrar uma maneira de medir o quão empenhado um membro da equipe está na execução das suas funções.

O primeiro modo para realizar tal tarefa foi a avaliação individual de desempenho e mudança de estrutura de carreira. No entanto, alguns questionamentos passaram a ser levantados com o tempo – como por exemplo: isso tem alcançado o resultado esperado?

A cultura da “nota” ainda é muito forte, mas talvez esse formato não funcione na prática. O desempenho de alguém não é avaliado somente por um comportamento racional, então medí-lo em números exatos não parece justo. A partir daí outros meios de fazer a gestão de pessoas, começaram a ser explorados. Grupos focais e entrevistas foram alternativas experienciadas para descobrir o que funcionava.

 

O que faz o profissional se manter engajado no trabalho?

O maior preditor de desempenho é o engajamento. Um funcionário engajado é aquele que aceita os desafios, demonstra proatividade e trabalha de forma ativa na resolução de problemas – aliando as demandas de trabalho aos recursos disponíveis. Porém, para que esse engajamento seja contínuo, é necessário equilibrar a produtividade com o bem estar pessoal. Afinal, engajamento sem reconhecimento ou na ausência de resultados esperados pode tornar-se frustração – culminando na possível perda de um talento a ser retido.

Sem o equilíbrio, uma pessoa engajada pode deixar de ser. Então, para mantê-la engajada, é preciso torná-la protagonista e também parte do processo decisório. Tal atitude do líder serve como forma de motivar o liderado.

A motivação é o empurrão pro engajamento. Já o engajamento é um estado mental. A motivação de uma pessoa pode ser interna (valores pessoais, sonhos, etc) ou externa (bônus, premiação, promoção, aumento salarial).

Geralmente, há o pensamento de que o servidor só pensa em si mesmo e quer ter ganhos individuais. Mas é preciso conscientizá-lo sobre o seu papel dentro do grupo, fazê-lo sentir pertencimento e peça propulsora na obtenção de resultados. Ou seja, incentivar o protagonismo.

Desdobramentos

O desafio descrito pela especialista no início do encontro se mostrou então solucionado ao descobrir a eficácia da avaliação de desempenho coletiva – ao invés da individual. Por que não medir entregas do grupo? Tal conclusão foi encontrada após testar feedbacks isolados contra feedbacks em conjunto. O segundo foi muito mais eficaz no sentido de engajar os membros da equipe. O poder de um grupo é muito potente, ainda mais quando estão todos realizando um trabalho de impacto, que produz resultados positivos para a população. Os trabalhos realizados por várias mãos ajudam a fortalecer o senso de comunidade e demonstram a importância da participação de cada um a fim de atingir um objetivo comum.

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