Clima e Meio Ambiente

Já é consenso por especialistas e acadêmicos da ciência que a principal causa do aquecimento global são as constantes emissões de gases de efeito estufa (GEE) originadas pela atividade antrópica, em maior parte, na queima de combustíveis fósseis para produção de energia. Segundo a plataforma Our World in Data (2020), 73,2% dos GEE produzidos globalmente vem do setor de energia, 18,4% da agricultura e do uso da terra, 5,2% da indústria e 3,2% de resíduos. Já no Brasil, a mudança de uso da terra e floresta é o maior vilão da história, respondendo por 49% das emissões brasileiras. Ou seja, diferente da média global, o maior ponto de atenção do gestor público brasileiro deve ser as atividades que degradam a terra, como o desmatamento e a não preservação/ conservação de áreas verdes.

A vida humana está intrinsecamente ligada a saúde dos oceanos. As grandes imensidões azuis compõem 70% do globo e fornecem mais da metade do oxigênio que respiramos. Entretanto, os oceanos estão correndo perigo, e automaticamente, nós também. Segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Acidificação dos Oceanos, o aumento contínuo das emissões de CO2 antropogênicas na atmosfera causa a redução do pH dos oceanos, processo que a longo prazo é chamado de acidificação. Todo ano, os oceanos absorvem 25% das emissões de CO2, embora este processo seja positivo para o ar atmosférico, o mar tem a sua química alterada, tornando sua água mais corrosiva para os organismos marinhos. Caso o número de emissões continue o mesmo, é previsto perda de biodiversidade, impactos econômicos ligados a pesca e ao turismo. Outro problema vivido pelo ambiente marinho é a poluição por plásticos. De acordo com a estimativa da organização 5 Gyres, existiam (dados referentes a 1979 a 2019) 2,3 milhões de toneladas de plásticos nos mares. Os resíduos influenciam em maiores chances de asfixia, engasgo e fome em diferentes espécies marinhas, além de mudanças no comportamento.